Já parou para pensar que não haveria luz se não fosse a escuridão? Que para sentirmos os raios de sol da manhã, foi preciso esperar a lua cumprir seu ciclo e se pôr? Que tem dias que chovem, mas ainda assim somos surpreendidos por arco-íris colorindo o céu? Nem todas as coisas são só boas, ou só ruins. Como nós também não somos feitos somente de luz ou só de sombras.
O medo de nos conhecer, de reconhecer nossas sombras, só nos impede de evoluir. Porque achamos que temos que estar sempre perfeitos, que não podemos cometer falhas. Passamos a ignorar as nossas inseguranças e colocamos uma máscara de perfeição. Nos vestimos assim, mas não é real, não vem de dentro, do nosso eu interior. É um sentimento falso. Que em algum momento do percurso tomamos para nos defender.
Ficamos vivendo como se tudo fosse sempre lindo ou que nada nos afetasse, é como se estivéssemos em uma bolha. Alguém faz algo de muito ruim com a gente, mas fingimos plenitude nos colocando superior ao outro. Com isso também não deixamos que ninguém veja nossas vulnerabilidades. E não nos conheça como seres humanos, com as nossas virtudes e limitações.
E ser sempre perfeito cansa. É difícil ter que acertar sempre. Até mesmo porque o aprendizado faz parte da nossa vida. É por meio dele que evoluímos, que crescemos como pessoas, é a partir dele que conseguimos identificar o que queremos e o que não queremos para a nossa vida. Como vamos saber dizer não para algo se não sabemos se é bom ou ruim?
Podemos ler sobre vários assuntos, fazer vários cursos de autoconhecimento, vibramos somente na luz, saber toda a teoria e blá, blá, blá. Mas enquanto não tomarmos posse da nossa vida e vivenciarmos o que precisamos, não saberemos como é de verdade. Não poderemos dizer como nos sentimos, nem como reagimos em uma determinada situação. Não adianta ficar só na mente, sabe? O nosso corpo precisa ter a experiência física, precisa registrar. Porque são impressões bem diferentes, o pensar e o sentir.
Sim dá medo! É o novo, o desconhecido, um lugar que não teremos controle do que pode acontecer. Precisaremos entrar em contato com as nossas sombras e, muitas vezes, mudar hábitos que já carregamos há muito tempo. Mas também não adianta ficarmos vivendo no meio do túnel escuro. Nos acostumamos com uma vida morna, com a mesma comida sem graça e que não tem mais o mesmo gosto, que não nos deixa mais feliz.
Ficar nesse refúgio criado no meio do túnel escuro é deixar o medo nos paralisar. É contar uma historinha toda noite pra nós mesmos dizendo que está tudo bem, quando por dentro a gente sabe que não está.
Não importa qual questão nos deixa lá no meio do túnel escuro. Se é o emprego que não suportamos mais acordar de manhã para ir todo dia, se é um relacionamento que já não nos sentimos mais felizes, se é faculdade escolhida que já não sabemos mais se é a certa. O ponto aqui é que se tem um incômodo tem um porquê, e se está escuro tem uma luz no fim do túnel sim. Pode ser que um túnel seja mais longo que outro, mas é sempre um passo de cada vez. E conhecer a nossa verdade nos libertará para viver a vida de abundância que merecemos.
Assim é!
Como você lida com as suas sombras? Compartilha com a gente nos comentários.