Por trás do amor existe um sentimento de ligação, de vínculo, de união. É uma conexão! E esse laço não é só estabelecido com as pessoas ao nosso redor, ele é firmado da gente para com a gente mesmo, sabe?! Não adianta darmos tudo de nós aos outros se para isso nos abandonamos, se deixamos de nos ver, de nos ouvir. De nos valorizarmos.
Porque quando a gente se abandona deixamos de ficar presentes com nós mesmos. E de repente tudo e todos ao nosso redor nos incomodam. É como se o zumbido do pernilongo ficasse cada vez mais alto e a gente não escutasse nada, além disso, nos impedindo de seguir, de confiar e de deixar a vida fluir. Nos sentimos incapazes. Perdemos a nossa mestria em lidar com os nossos sentimentos, em entender pelo que estamos passando, em nos acolher quando precisamos. Passamos a nos julgar, a nos criticar duramente, não valorizamos os nossos esforços, nem as nossas conquistas.
Quando a gente não se percebe, é difícil enxergar genuinamente os outros a nossa volta. Perdemos o equilíbrio dos nossos sentimentos e em vários momentos agimos por impulso. Não conseguimos nos comunicar claramente, expor as nossas ideias, porque a nossa mente está confusa.
Alguém fala alguma coisa e já agimos de forma reativa, sem procurar escutar realmente o que está sendo dito. Nos pedem um favor e já começamos a reclamar que não temos um minuto de sossego. Imaginamos várias situações baseadas nos nossos medos, e com isso sofremos duas vezes. Porque o nosso cérebro não diferencia o que estamos pensando, imaginando, do que realmente está acontecendo. Então a gente sofre quando pensa e sofre quando acontece.
Ficamos ansiosos, porque estamos antecipando tudo na nossa mente sem ao menos saber se de fato aquilo acontecerá. E quando acontece, na maioria das vezes, nos frustramos porque não aconteceu como imaginamos.
O ponto aqui é entender que só podemos controlar nós mesmos, os nossos sentimentos, as nossas atitudes e as nossas reações. Não podemos comandar ou saber antecipadamente a reação das outras pessoas. Mas, a partir do momento em que nos conhecemos vamos saber como reagiremos em alguma situação e assim manter o equilíbrio emocional. Por isso a importância de estarmos centrados em nós mesmos e no presente. E para que isso aconteça é um exercício que temos que praticar a todo instante.
Quando estamos desequilibrados, precisamos parar um pouco, respirar lentamente, pensar no hoje, no agora, focar no presente e no que é fato, para assim silenciarmos nosso imaginário. Se não podemos ter certeza de alguma coisa, tudo o que vier à nossa mente será fruto da nossa imaginação e que não nos ajuda em nada, somente nos gera mais ansiedade.
Os problemas sempre surgirão a nossa frente, mas o que muda é a forma como olhamos e reagimos a eles, como nos comportamos e como lidamos com as consequências das nossas ações. Que, na verdade, são as únicas coisas que podemos de fato controlar.
Assim é!
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