O que é constelação familiar?

Tudo muda quando compreendemos que somos um elemento de um sistema familiar, e precisamos respeitar o lugar de cada indivíduo nesse sistema para manter o equilíbrio.

Nós, enquanto seres humanos, sempre fazemos parte de um meio, seja ele formado por nossos familiares, amigos da escola, do trabalho ou qualquer outro, estamos sempre nos relacionando, não somos seres isolados. As pessoas com quem convivemos, a cultura do local em que moramos, a nossa família de origem, todo esses ambientes influenciam na nossa vida. Fazemos parte desse inconsciente coletivo, não tem como pensar um indivíduo sem pensar no meio em que ele está inserido.

Bert Hellinger, psicoterapeuta alemão que desenvolveu o método da constelação familiar, também chamado de constelação sistêmica, descobriu em seus estudos que, além de todo o patrimônio genético herdado de nossos pais, bem como as crenças, valores e costumes, também carregamos em nosso inconsciente a memória de até sete gerações. Criando assim um campo morfogenético, que é um campo de memórias vindas da nossa família. Por isso, muitos acontecimentos se repetem e que, na maioria das vezes, não temos consciência deles. É como se fosse criado um emaranhamento, uma teia.

Reproduzimos comportamentos dos nossos pais, até mesmo de ancestrais muito distantes que não chegamos a conhecer, como um tataravô, por exemplo. Porque fazemos parte desse inconsciente coletivo e dessas memórias registradas em nosso corpo que foram passadas de geração para geração. Influenciando assim a maneira como nos relacionamos com as pessoas e com o mundo. Quando nos damos conta, em algumas situações, estamos apenas repetindo padrões apreendidos.

Pode acontecer de sermos pai ou mãe e termos dificuldade em demonstrar carinho com nossos filhos, por exemplo, e isso acontece porque não recebemos esse carinho de nossos pais. Estamos apenas reproduzindo um comportamento, vindo da geração anterior à nossa. Mas, ao mesmo tempo, quando lembramos dos nossos avós sempre os vemos muito amorosos com os filhos e netos, ou alguma tia nossa é muito carinhosa, destoando das atitudes da nossa mãe. Como isso pode acontecer se ambas foram criadas no mesmo ambiente familiar? Cada indivíduo é único! O que nos afeta pode não afetar ao nosso irmão.

Outra descoberta do Hellinger é que um sistema é regido por três ordens, ou três leis, que ele deu o nome de: ordem do pertencimento, da hierarquia e do equilíbrio entre dar e receber. E para que o sistema flua em harmonia precisamos olhar com muito amor para todas elas. Porque quando acontece alguma quebra, em qualquer uma delas, essa pessoa entra em desarmonia com o sistema que ela pertence. O que causa problemas de convivência, não só com seus familiares, mas também com outras pessoas, como a dificuldade em ter um relacionamento saudável ou originar doenças físicas, doenças psicológicas, adquirir vícios, entre outros problemas.

No momento em que compreendemos qual o nosso papel dentro desse sistema familiar, tomamos consciência da nossa posição. Conseguimos sair do emaranhamento em que nos encontramos, nos desconectamos e vemos as possibilidades que não enxergávamos. Somos capazes em ser gratos por esse pai e essa mãe que nos deram a vida, e isso é sagrado! Entendemos que os nossos pais não são capazes em nos dar o que não receberam, o que não experienciaram, o que não possuem registrado em suas memórias e em seu corpo.

Quando desfazemos a quebra, quando promovemos a cura no sistema, todas as gerações são beneficiados, não é somente em nós que a melhora acontece. Todo o sistema se restabelece e entra em harmonia.

Assim é!

Compartilha com a gente nos comentários como você faz para identificar se você já participou de alguma constelação familiar.

Sobre

Terapeuta Holística, Psicóloga e Master de ThetaHealing pelo Instituto Think, com ampla experiência clínica e com grupos terapêuticos desde 1999. Aprendi a atrair a minha família de alma e a me rodear de pessoas que apoiam a manifestar meu propósito de alma.

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