Ser quem realmente somos


Frágil, exposto, indefeso, destrutível são todos sinônimos da palavra vulnerável. E quando pensamos na imagem que queremos que as pessoas tenham de nós, normalmente, não são essas as qualidades que nos vem a nossa cabeça. O nosso ego, na maioria das vezes, busca atributos que demonstram força e que as pessoas fiquem impressionadas. Que ao olharem para nós nos vejam grandiosos, perfeitos. Ou por vezes adotamos características que, de alguma maneira, possam nos proteger, nos defender. Porque encaramos a vida como algo que temos que sobreviver ao invés de uma experiência divina a ser desfrutada.

E assim vamos vestindo máscaras no nosso dia a dia. Procurando uma que combine melhor com as relações e com o ambiente que estamos no momento. Quando estamos com nossos amigos nos comportamos de uma maneira, muitas vezes que nos faça ser aceito naquele grupo. No trabalho agimos de outra forma, nem tão descontraída, pois temos que nos adequar às normas, aos códigos daquele ambiente que exigem certas atitudes mais comedidas. Com nossos familiares podem até ser criadas algumas dinâmicas e ficamos presas a elas. E não seria diferente em nossos relacionamentos amorosos, buscamos parecer perfeitos aos olhos do outro para não sermos rejeitados.

O que acontece é que não nos damos conta que quando utilizamos uma máscara, por melhor que seja a intenção, sempre tem sofrimento e sacrifício da nossa parte para provarmos para o outro o nosso valor. Ao utilizarmos esses disfarces nos mostramos dessa forma para as outras pessoas. É assim que elas nos veem. Fazendo as pessoas perderem a oportunidade de nos conhecer verdadeiramente e nos perceberem como indivíduos únicos com as nossas qualidades e as nossas vulnerabilidades.

Quanto mais nos comportamos assim, mais faz com que nossa essência vá sumindo, vamos nos perdendo no caminho até nos dissolvermos. Ficamos presos em idealizações do que, na maioria das vezes, achamos ser o que as pessoas esperam de nós. Do que devemos ser para nos adequarmos, para atender as expectativas dos outros e do mundo. Deixamos de escutar o nosso coração e reconhecer o nosso valor. Preferimos uma vida ordinária ao invés de obtermos o máximo dela, de agradecermos pela oportunidade de viver os nossos sonhos.

Quando aprendemos a nos amar, a reconhecer a nossa preciosidade. Quando somos autênticos em todas as nossas relações e permitimos que as pessoas vejam quem realmente somos. Quando enxergamos e permitimos aos outros que vejam também nossas fragilidades, só faz com que nos tornemos mais humanos. Que tenhamos compaixão por nós mesmos e pelas pessoas ao nosso redor. Porque entendemos que cada pessoa é única e conseguimos nos conectar de forma verdadeira.

Nos libertamos da opressão de usarmos essas máscaras, de sermos uma pessoa que não somos e passamos a explorar e trazer para a nossa vida os atributos da nossa alma. São qualidades que já nos pertencem e estão dentro de nós, mas procuramos fora para imitar o outro ou, porque achamos que não possuímos. Além de ficarmos esperando que sejam validados por outra pessoa ao invés de reconhecermos nosso poder e nossa identidade. Quando nos entregamos aos momentos felizes da vida, mesmo sabendo que são passageiros, é uma das formas mais intensas de sermos vulneráveis.

Assim é!

Você permite as pessoas verem as suas fragilidades ou se esconde atrás das máscaras? Conta pra gente nos comentários

Sobre

Terapeuta Holística, Psicóloga e Master de ThetaHealing pelo Instituto Think, com ampla experiência clínica e com grupos terapêuticos desde 1999. Aprendi a atrair a minha família de alma e a me rodear de pessoas que apoiam a manifestar meu propósito de alma.

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